Acho que todo verso deveria ser apenas de alegria, mas quando se fala em dor, saudade, ausência, mesmo que a gente não esteja na camarinha de uma é bem mais fácil escrever.
ADEUS
O que fazer neste momento
Ficar parado ou correr?
Se acredito ou não acredito
Tudo só me faz sofrer.
Parecem perto as estrelas
Mas não se pode pegar
Dói ver a felicidade
E não poder alcançar.
Como é engraçada esta gente
Que criou a palavra não
Que poderia ser chamada
Veneno pro coração.
Desistir, talvez o jeito!
Chorar não vai resolver
Então a única maneira
É conviver com o sofrer.
Não olhem meu rosto amanhã
Deixem sozinho eu ficar
Este rosto fiquem sabendo
Vou de palhaço pintar.
Esta dor vai ser amiga
E comigo irá ficar
Quem sabe um dia ele canse
E queira me abandonar.
Não espero, não acredito
Sozinho aqui ficarei
Que digam quando quiserem
Que de amor eu chorei.
O abrigo que eu queria
Botaram fogo, acabou!
O vento da alegria
Na volta me trouxe a dor.
De repente fiquei velho
Não me importa a vaidade
Pelo menos é menos tempo
Para durar a saudade.
Agora pergunto a todos
Eu mereço este castigo?
Não merecendo ou não
Vou pagar por tudo isto.
Deixa meu rosto pintado
É tudo que eu peço a ti
Não tenhas medo, tu sabes
Palhaço só faz sorri.
Deixa minha alma chorando
Que importa, eu nada sou
Sou um rio que sem água
Tudo no leito secou.
Sou uma árvore tristonha
Sem pássaros para cantar
Sou o condenado à morte
Que o algoz veio buscar.
Agora já sei o que faço
Desistir dos sonhos meus
Aos outros meu rosto pintado
E a ela o meu ADEUS...
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