segunda-feira, 23 de maio de 2011

Maria



Vocês conhecem a Maria?
Se não, irão conhecer
Vale apenas esperar
E ouvir o que vou dizer
Pois, quem conhece Maria
Não sabe o que é sofrer.

Cabocla melomolente
Uma melancia carnuda
Fala mais que todas elas
Mesmo quando está muda
Na presença de Maria
A gente não fala, escuta.

Sei lá de que é seu coipo
Os seus ois de perdição
Suas cadeiras, que graça
Saindo para o oitão
Suas pernas quando se mostram
É uma adivinhação!

Seu sorriso, não acerto
Nem vou tentar descrever
Parece item o uruvai
O dia no amanhecer
A fêmea do galo campina
Para  o macho conhecer.

Seus seios, arre moléstia.
Lá vêm as águas descendo
Sai do meio tudo que tem
Parece quem vem crescendo
Se ficar no meio se arrisca
Passar cem dias tremendo.

Aquilo não é bumbum
É perdição é inferno
São cem dias no hospital
Sem ter doença e interno
Mas pra quem é macho mesmo
São seis meses de inverno.

E quando ela faz unrum
A vizinhança estremece
Mas eu já sei que é ela
Me chamando pra quermesse
Na barraca de seus carinhos
Meu corpo veio adormece.

Nestas ocasiões eu não conto
Mas dá para adivinhar
as maravilhas do mundo
botadas num só lugar
Tribuzina, ui, e calamexe
Sem tempo pra relaxar.

Ai Maria tenha dó
Finja que sou seu irmão
Quando a camisa é acochada
É só perdendo botão
Com mais dois dias de futrica
Não me levanto do chão.

Vocês conhecem a Maria?
Pois, não queiram conhecer
Eu fui um que conheci
E escutem o que vou dizer
Hoje ainda tenho o desejo
Mas não posso mais fazer.

As coisas, tão um molambo
Nem puxando não da certo
As mãos coitadas tremendo
Não seguram mais o teto
Quando você vê a Maria
Fique longe sai de perto.

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