O DELEGADO E O HOMEM DESCONHECIDO
Numa Capital de qualquer Estado um recém empossado Delegado Federal encontrava-se fazendo uma investigação, pois havia suspeita de que poderia existir uma quadrilha especializada em recebimento de drogas com o fim de exportação e que a citada quadrilha estaria usando alguns jovens para levarem as drogas até o destino indicado, donde seria feita a exportação. Os jovens usados eram pessoas comuns e conhecidos por todos no Bairro onde se processava a investigação. Naquele Bairro havia um rapaz entre 18 e 20 anos de nome João, que a população sabia ser ele acostumado a pratica de descuidos, às vezes um quilo de comida às vezes uma roupa, ou cinco reais, mas que também poderia ser uma pessoa utilizada pela quadrilha para a passagem da já mencionada droga. Certo dia o mesmo munido de uma faca atacou um senhor aposentado e do mesmo levou R$ 50,00 (cinqüenta reais), razão pela qual foi imediatamente preso, inclusive pelo Delegado que passava pelo local, pois entendia ele que a prisão do rapaz, naquele momento pelo crime de assalto à mão armada, poderia ser a chave do que estava procurando, isto quando procedesse ao seu interrogatório. O Delgado conduziu o jovem até a Superintendência da Policia Federal, com o fim de interrogá-lo, sob a alegativa do crime que havia praticado, quando na verdade a intenção era bem outra, saber sobre drogas, até mesmo porque a competência para a apuração seria da Policia Civil. O jovem confessou a pratica do crime e de alguns outros que havia cometido. Durante o interrogatório, o Delegado e o Superintendente que também se encontrava presente percebiam que João às vezes fixava o olhar em local distante, para depois baixar a cabeça e ensaiar algum choro, fato que deixou as autoridades intrigadas, inclusive comentaram entre si aquela atitude do acusado. Quando assim pensavam um agente interrompe o interrogatório e diz ao Delegado que na recepção da Superintendência se encontrava um senhor de roupas muito simples e já com idade avançada que tina algo para falar sobre João que estava ali sendo interrogado. O Delegado e o Superintendente ficaram admirados de alguém saber que aquele homem tinha conhecimento de que o jovem ali estava, por isto mandaram que o mesmo fosse trazido até a sala. Lá chegando o senhor disse se chamar Manoel e que estava para pedir pelo interrogado, tendo o Delegado perguntado o que ele sabia sobre o rapaz, ao que o mesmo contou todos os pequenos furtos que ele havia praticado, falou também sobre o assalto que teria rendido R$ 50,00 (cinqüenta reais), finalizado dizendo: “ Ora Doutor, certo dia eu estava em minha casa quando ele lá entrou e eu fiz que estava dormindo, então ele levou o único dinheiro que eu tinha, uma nota de R$ 20,00 (vinte reais)”. Delegado e Superintendente mais uma vez ficaram intrigados com a história do Sr. Manoel, motivo pelo qual resolveram perguntar: “Mas o senhor nos disse que tinham vindo pedir pelo rapaz”? É Doutor, eu quero que este homem seja solto por que ele é melhor do que nós que nunca cometemos um crime”! Delegado o Superintendente se entreolharam e mesmo confusos pediram ao senhor Manoel uma explicação que foi dada imediatamente: “Doutor, a mãe deste rapaz é alcoólatra e sempre que ela está caída na rua ele a leva nos braços para casa, dá banho na mesma e a coloca numa rede e fica a seu lado até ela dormir. Rede inclusive limpa e lavada por ele”. “Será que a gente tem coragem de fazer o que ele faz? “A resposta mais correta seria dizer que a gente pagaria uma pessoa para fazer este trabalho”. Delegado e Superintendente baixaram a cabeça e quando levantaram os olhos o senhor Manoel não mais estava na sala. Embora tivessem procurado por toda a Superintendência ninguém conhecia aquele homem de nome Manoel e nem o viu sair. Se a gente estiver atento verá que Deus se manifesta das maneiras mais diferentes possíveis, podendo ser encontrado entre os que oram e entre os que pecam, chamando também a atenção para aquele que se envergonha de ter um ser superior. E você tinha esta coragem?
machado
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