quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

MARIA TEREZA

Maria Tereza – vocês não acreditam mas existem mulheres como ela, a nossa mulher nordestina, a nossa Helena de Tróia. É claro que eu não saberia contar uma história tão perfeita como a de Helena de Tróia, mas conto a de nossa Maria Tereza.

MARIA TEREZA

Maria Tereza seu moço
Era a fulo do sertão
Era daquelas morenas
Que mata qualquer cristão.

Os seus seios arrebitados
Querendo furar a brusa
Valente cuma um doutor
Que no tribuna acusa.

Quando passava pru eu
Com as cadeiras a rebolar
Meus queixos iam pus peses
E eu começava a babar.

Sua boca era carnuda
Cuma carne de premeima
E eu espiava pra mim
E só via arroz de terceira.

Seus ois mais parecia
Duas instrelas brilando
Seus cabelos cuma os passo
Iam no espaço vuando.

Eu sonhava todo dia
E nadar naquelas águas
Mas quando eu acordava
Tava afogado nas máguas.
Quando ela soltava a voz
Eu inscutava um bandolim
Parece qui inté os anjos
Tavam tocando pra mim.

Cuma eu sonhava seu moço
Aquela água eu tumar
Mas, era água demais
Eu pudia me afogar.

Tava perdido pru ela
Tava cum o cão na chinela
E butando o medo de lado
Arresolvi falar cum ela.

Butei a faca na cintura
Cuma quem a guerra vai
No resto de minha história
Ficai atendo, ficai.

Machei pra casinha dela
Ou mais mio pru bangalô
Embora feita de taiba
Era coberta de amor.

Tava ela Maria Tereza
Na jinela dibruçada
Cum medo eu via sadan
Comandando sua armada.

Fui me arrastando, seu moço,
Cum medo e desconfiado
Se Tereza desse um não
Dizia um não a um finado.

Dona Tereza, adisculpe
Inscute o que vou dizer
Só sonhei uma vez na vida
Foi me casar cum você!

Sonhei de dia e de noite
Sonhei dormindo e acordado
Sonhei inté se sonhava
Tê  a senhora a meu lado.

Ela ai abriu a boca
Senti o mundo rodar
Tava ali a natureza
Onde eu queria morar.

Seu chico fique sabendo
Que eu não conhecia o amor
Mas hoje tô conhecendo
Pois, conheci o senhor.

Ali mesmo desmaiei
Fui pru chão estatalado
Sem saber se tavá morto
Ou tava desacordado.

Eita noite de inferno
Eita grande pesadelo
Quando pensava em falar
Me arrupiava o cabelo.

Uma sumana depois
A cunciência voltou
Minha refeição foi salada
Meu amor no seu amor.






























Não sei bem, mas parece que isto é natal. Versos pequenos e pobres, mas recheados de amor.

Mensagem de Natal

O natal parece festa
Encontros de alegria
Nascimento de Jesus
Filho da Virgem Maria
Que na cruz morreu por nós
E é esquecido todo dia.

O Natal parece paz
Felicidade e amor
A vinda do Messias
O homem que nos salvou
Mas, o que ele fez por nós.
O homem fora jogou.

Parece o natal, nascimento.
Data pra comemorar
Lembrar o que nós fazemos
E o que vamos realizar
Mas, pensa o homem que o natal.
É tempo de  se embriagar.

Se a gente lembrar isto
Não é uma boa pedida
Tornar-se-ia  comida
Logo em seguida esquecida
Por isto esqueçamos tudo
Pra não ser noite perdida.





No meu verso tão singelo
Como o vento que chegou
Tão simples e encantador
Como voa o Beija flor
Quero expulsar o ruim
Deixando o sumo do amor.

Foi bom o ano, sabemos
Vivemos esta emoção
Acho que nos comportamos
Como verdadeiro irmão
Não caiu eu nem você
Seguraram nossa mão.

Mas, a ocasião é boa.
Não é tempo de calar
A formiga que não trabalha
Não pode se alimentar
Quem comemora um Natal
Tem que saber perdoar.

Se fiz ou me fizeram
No fundo tudo é igual
Quem vive amor sincero
Digo que não tem rival
Com alma e coração puro
A vocês feliz natal












Crescer


AMIZADE DO FACEBOOK
Pode muita gente não acreditar, mas no fundo no fundo é uma amizade boa, inclusive existe também um patamar de muito respeito – vejamos em versos.

Fui ao mato caçar paca
Mas, a paca não achei.
Fui ao mato caçar veado
E logo cedo voltei
Tinham ido para a cidade
Fazer o que eu não sei
Eu voltei para cidade
E muitos deles achei.

Fui à rua comprar coco
O coco eu não achei
Fui à rua comprar couve
E logo cedo voltei
Tinham ido à academia
Fazer o que eu não sei
Então fui à academia
E muito deles achei.







Fui ao mundo comprar paz
Mas a paz não achei
Fui ao mundo comprar amor
E logo cedo voltei
Tinha ido à ceia dos ricos
Fazer o que eu não sei
Eu fui também nesta ceia
Mas o amor não achei.

Fui a feira comprar fruta
Mas a fruta não achei
Fui procurar no mercado
E logo cedo voltei
Tinham voltado ao campo
Fazer o que eu não sei
E eu corri lá para o campo
E todas elas achei.

Fui procurar amizade
Queria um pouco comprar
Procurei por toda parte
Ninguém sabia informar
Nem mesmo na internet
Pude a amizade achar
E não achei porque a amizade
É aqui em nosso lugar.















sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

INÊS


Isto acontece entre os maiores milionários do mundo. A diferença é que eles  não sabem contar com tanta beleza e amor como eu estou contando a vocês.

INÊS

Era uma caboca dengosa,
Cherosa e muito decente
Que todo dia butava
Fuimiga na minha mente.

Seu coipo feito por Deus,
Me arrancando suspiração
Cuma um ferrão da mulesta!
Ferrando o meu coração.

Então eu arressovi
E cum ela fui fala
E oiando os zoio dela
Cunvidei mode casa.

Ela ai espiou pra eu
E eu espiei pra ela,
Ela suspirou  bonito
E eu senti o cheiro dela.

Me apreparei pra resposta
Com toda minha sustança,
Pois, no respostá dela
Tava mima esperança.

Ela aí me arrespondeu
Com os seius querendo sartá
Que sempre seu “arrijume”
Foi cumigo se casá...

Ai! Seu moço num conto
Pra riba dela me “arpei”...
E sem pensar em mais nada
Cum ela me atraquei.

Nois  se pegou, é verdade,
 Nóis se cheirou com vontade
Saiu fogo do nosso, coipo
Mas um fogo sem mardade.

Adepois veio o cumbina
- E pra igreja levei Inês
E pedi a um vigário
Pra nus abençoar de vez.

HOJE NOVE MÊS DEPOIS
ENTI NÓIS TUDO É AMOR
E TA LÁ INÊS  PESADA
NO SEU ARRUDIADOR.







segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

UM SORRISO, UMA SAUDADE


UM SORRISO, UMA SAUDADE.

Eu acho que acontece e já aconteceu com muitos, mas quando a gente termina de escrever, também termina o que a gente estava sentindo. Legal!

Na janela o teu sorriso
Meu coração despertou
Tu estavas tão bonita
Tão bonita como a flor!

Desejei naquele instante
Em teu colo me deitar
Talvez inventar que choro
Pra você me ninar.

Fiquei pensando o quanto
Seria bom eu te querer
Mas o impossível dizia
Que eu não podia te ter.

Que eu fosse um mendigo vil
Um mendigo que roubasse
Seria muito melhor
Se assim você me amasse!

Que adianta meu verso
Se eu não posso te amar!
É como um caminhoneiro errante
Pelo deserto a vagar...

Se com dinheiro eu pudesse
Um carinho te comprar
Seria operário a vida inteira
Só pra puder te beijar.

Tua resposta, querida
Não fosse um não, fosse um sim
Por certo a felicidade
Nunca mais teria fim.

É engraçada esta vida
É surpreendente o amor!
De um lado a gente o sente
E do outro sente a dor.

Quem sabe eu seja escutado
E tenha a tua piedade
Ou chamarei para sempre
Estes versos de saudade!





quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

leito de pedra


Meus queridos amigos que caridosamente visitam CABOCOARRETADO.COM, não vai um conselho para vocês, pois é uma brincadeira verdade . Elas são tudo neste mundo, mas às vezes gostam de uma briguinha, etc, etc. acho que LEITO DE PEDRA funciona, não custa nada tentar.



LEITO DE PEDRA


Quisera que este meu peito
Que quase sem jeito
Só sabe chorar
Fosse feito de pedra como o teu,
Para ninguém eu saber amar.

Quisera ser a pedra dura
Que não tem cura para quebrar,
Quisera ser este leito seco
Que nasce em teu peito
E corre para o mar.

Ah! Como queria, agora,
Que nesta hora
Eu fosse carne sem coração
Que invés de bobo ou talvez palhaço
Fosse eu valente como um leão.

Que eu fosse a sombra da noite fria
Que tudo cria e desmancha depois,
Que eu fosse o verso que guardou o poeta
E não fosse mendigo para nós dois.

A hora chegou! Estou aqui, presente,
Mudo e ciente a tudo escutar,
Se és tão forte, sai por esta porta
Diz um adeus sem se deixar beijar!

Antes, porém da tua partida
Olha meus olhos numa despedida
E como inimigo, quem sabe talvez,
Volte-me as costas sem dizer adeus.

Fugiram os versos, acabou  a rima
E eu desanimo sem acreditar
Que o tão bonito que nasceu um dia
Tão pobre e feio possa assim acabar.